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3 de Janeiro – Santíssimo Nome de Jesus

Em 3 de Janeiro, celebramos na Igreja a festa do Santíssimo Nome de Jesus. A celebração desta festa se remete ao século XIV, quando São Bernardino de Sena, missionário franciscano, começou a divulgar o culto ao nome de Jesus. Fazia isso mostrando em uma pequena tábua um desenho da Eucaristia com raios que saiam dela e com o monograma “IHS” que significa “Iesus Hominum Salvator”, isto é, “Jesus Salvador dos Homens”.

O Evangelho de hoje mostra-nos que, segundo a lei de Moisés (Ex 13,11-16), oito dias após o nascimento do primogênito, os pais deviam ir ao Templo para o circuncidá-lo. E quarenta dias após o nascimento, eles voltavam ao Templo para apresentá-lo e para a purificação da mãe.

É surpreendente considerar como neste Evangelho é Jesus, nosso redentor, quem parece ser redimido. E como Maria, que é toda pura, se apresenta no Templo para ser purificada. Este Evangelho fala-nos da humildade de Deus e da Santíssima Virgem.

Jesus e Maria cumprem o que Deus quer, eles não precisam disso, e ainda assim o fazem com prazer. Quantas vezes, para nós, é difícil cumprir a vontade de Deus. Muitas vezes podemos nos rebelar contra as dificuldades cotidianas, diante dos imprevistos de cada dia. Muitas vezes dizemos não a Deus. E colocamos nossa vontade acima da vontade de Deus. Jesus e Maria nos ensinam o que é a verdadeira humildade: cumprir com alegria a vontade de Deus.

Diz São Josemaria que “a oração é a humildade do homem que reconhece a sua profunda miséria e a grandeza de Deus, a quem se dirige e adora, de maneira que tudo espera d’Ele e nada de si mesmo” (Sulco, 259). É o que a Sagrada Família nos ensina, vale a pena cumprir a vontade de Deus, porque esse é o caminho da nossa felicidade.

O Evangelho também nos mostra o grande valor dos sacrifícios aos olhos de Deus. O historiador judeu Flavio ​​Josefo escreveu como, somente na Páscoa de 70 d.C, os sacerdotes do Templo ofereceram 256.500 cordeiros no altar. Os sacrifícios e as ofertas do Antigo Testamento não foram concebidos para salvar, mas para ensinar (cf. Ga 3,24). Ao dar esses sacrifícios a Deus, cada pessoa do povo de Israel aprendia a se oferecer livremente a Ele e a ser feliz cumprindo a Sua vontade. Este é o verdadeiro significado do sacrifício, colocar-nos à disposição dos desígnios de Deus. Nós, cristãos, temos a imensa felicidade de podermos participar também do sacrifício de Cristo na Santa Missa. Este sacrificio é realmente salvador.

Sacrifício vem do latim “sacrum” “facere”, ou seja, “tornar as coisas sagradas”, ou também honrá-las ou entregá-las. José e Maria, oferecem um par de rolinhas e dois pombos. Eles oferecem um sacrifício a Deus, eles O honram, eles se entregam a Ele, sabendo que a salvação nos vem d'Ele. Jesus é o nosso Salvador, é o que celebramos nesta festa do Santíssimo Nome de Jesus. Isso implica que nos saibamos olhados com amor por Deus em todos os momentos. É um olhar mútuo. Quando olhamos para o Menino no presépio de Belém, naquele exato momento, Deus está olhando para nós com amor.

Dirijamo-nos a Maria para que saibamos honrar o nome de Jesus em cada momento do nosso dia.

 

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